fe·mi·ni·no
Sabia que na Ramos Cerâmica iam morar peças repletas de intenção. Cada uma com a sua personalidade, senhoras de si, com estórias que ouví atentamente, para lhes poder dar nomes.
A menina e moça foi a minha primeira peça. Filha do amor que tenho por todas as peles que as mulheres vestem e pelas formas, umas vezes elegantes, outras vezes toscas. Sempre bonitas, despertam a vontade de pegar no barro e as moldar.
Assim fiz. Uma e outra vez, nasceram mais filhas e corpos mil. E depois olhei para elas e pensei na pena que era desaparecerem e não regressarem mais para nos encantar.
Agora só têm de as olhar, escutar e namorar.